sábado, 18 de dezembro de 2010

A ENERGIA ELETRICA E OS LEILÕES


Presidente da EPE acredita que usinas, que não receberam propostas no leilão A-5, devem participar de próximo leilão de energia nova

Danilo Oliveira, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Planejamento e Expansão
17/12/2010
"Exemplo de Olho"
contorno
As hidrelétricas de Cachoeira (PI, 63 MW) e Estreito Paranaíba (PI, 56 MW) devem entrar nos próximos leilões de energia nova. De acordo com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, uma das razões para essas usinas não receberem ofertas deve-se aos órgãos ambientais, que fizeram muitas condicionantes para a liberação das licenças prévias dessas usinas. O executivo destacou que são usinas de pequeno porte e que o elevado número de exigências pode inviabilizar os projetos. "Vamos analisar, conversar com a área ambiental pra ver se todas essas exigências são necessárias", contou.
"A LP saiu com muito mais exigências do que estava no Eia/Rima. Elas saíram com volume de exigências parecido com usinas grandes. Numa usina pequena, ter muita exigência ambiental pode inviabilizar", analisou, após o término do leilão A-5, realizado nesta sexta-feira, 17 de dezembro, na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, em São Paulo.

Tolmasquim explicou que aumentar esse componente numa usina de pequeno porte impacta significativamente o projeto."Numa usina que tem investimento muito grande, a componente ambiental é pequena. Aumentar esse componente continua sendo pouco em relação ao investimento total. Numa usina pequena, a participação do ambiental é importante e, se aumentar as exigências, altera-se e a economicidade da usina", disse.
Sobre as usinas de Sinop (MT, 400 MW) e Ribeiro Gonçalves (PI, 113 MW), que não conseguiram LPs para o leilão A-5, Tolmasquim também acredita que elas tenham condições de entrar nos leilões de energia nova de 2011. Ele lembrou que as audiências públicas desses projetos já foram realizadas este ano. "Nós queríamos e trabalhamos até o último momento para que elas entrassem nessse leilão, mas o órgão ambiental achou que precisava de mais tempo.Todo processo foi feito, inclusive as audiências. Acredito que no próximo leilão haja tempo útil para Sinop entrar, como outras usinas", observou.
O presidente da EPE descartou a participação de empreendimentos da bacia de Tapajós no ano que vem e destacou que existe a expectativa de realização de um leilão A-5, um A-3 e outro de reserva no primeiro semestre de 2011. "Eventualmente, se não conseguirmos preencher toda a demanda, pode haver um segundo A-5 no segundo semestre", disse.

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