terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sacola plástica e aí....

De 450 anos para 180 dias  -  Parece bastante, né? Pense
Quando você vai ao supermercado fazer a compra do mês, quantas sacolinhas plásticas você usa para guardar suas compras? Muita gente nem imagina que, ao final de um ano, consumiu 3 kg de sacolinhas. Essa estatística é da Associação Paulista de Supermercados, que traz outrabiodegradável tem a mesma aparência que a de plástico e pode ser usada da mesma forma. A diferença está na
informação surpreendente: no estado de São Paulo são consumidas 29,4 bilhões de sacolinhas por ano.
Parece bastante, né? Pense agora em onde estão todas essas sacolinhas; com certeza, muitas delas já foram para o lixo e estão em um processo de decomposição que pode levar, segundo a UNICEF, cerca de 450 anos para terminar. Durante todo esse tempo, o plástico está lotando os aterros sanitários e poluindo solo e rios. Algumas tecnologias tentam diminuir o tempo que o plástico fica na natureza, como as sacolinhas biodegradáveis.
O plástico possui muitas vantagens: é um produto leve, maleável, resistente e que pode ser reciclado. Infelizmente, de acordo com o professor de Design da Unesp Osmar Rodrigues, apenas 3% de todas as sacolas são recicladas.
Os outros 97% estão por aí, fazendo um estrago no meio ambiente. “O fato de estar no formato de sacolinha não afeta a intensidade do impacto”, garante o professor de Engenharia Química da USP Gil Anderi.
Como o uso das sacolinhas já se tornou trivial, afinal são usadas para carregar objetos e levar o lixo pra fora, a jornalista Katarini Miguel não acha que a população vai se conscientizar apenas através de campanhas educacionais e palestras. “O brasileiro só começa a tomar atitude quando
existe uma lei, porque do contrário é muito difícil sair da zona de conforto”, afirma ela.
O jeito foi apelar pra legislação e em setembro de 2008 o vereador Moisés Rossi (PPS) criou um projeto de lei que proíbe o uso de sacolinhas à base de polietileno no comércio de Bauru. A lei foi aprovada e deve entrar em vigor até o mês que vem, outubro. Segundo Rossi, a idéia é substituir
o plástico pela sacola biodegradável, uma versão que se decompõe em até 180 dias. Visualmente, a sacolinha
composição: a matéria-prima da biodegradável pode ser de origem vegetal, como amido de milho, ou ser uma mistura de
petróleo e um aditivo responsável por quebrar as moléculas do plástico em partes menores que servem de alimento aos microorganismos. No final, da sacolinha só resta dióxido de carbono, água e biomassa.
Outra opção é a sacolinha oxibiodegradável que, diferentemente da biodegradável, não depende da ação de bactérias ou fungos para se decompor. Através da ação do oxigênio, temperatura e luz solar, elas se dividem em milhares de pedacinhos até virar pó. Apesar de também se decompor mais rapidamente, alguns especialistas alertam que esse resíduo pode contaminar rios e chegar até o lenço freático.
Seja qual for a forma que você escolher, o impacto no meio ambiente é quase inevitável, afinal tudo um dia se torna lixo.
Que tal deixar as sacolinhas de lado e comprar uma  ecobag?

por Regiane Folter - regianefolter@hotmail.com
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