É preciso mobilizar!
Um estudo feito pela Mobilize Brasil (www.mobilize.org.br) avaliou a mobilidade urbana de nove capitais brasileiras e o resultado não surpreende: Rio de Janeiro e Curitiba ficaram com os primeiros lugares. Há tempos as duas cidades vêm desenvolvendo políticas públicas de integração dos usuários de diferentes meios de locomoção. O Rio somou 7.9 pontos no estudo, já conta com aproximadamente 240 kms de ciclovias e têm tido um ótimo desempenho no transporte coletivo.
A segunda colocada, Curitiba, é conhecida nacionalmente pela excelente acessibilidade de seu sistema de transporte coletivo. Curitiba aliou design criativo à uma engrenagem que funciona de verdade. Os curitibanos são realmente orgulhosos do trânsito organizado, limpo e charmoso da cidade. A capital Brasília ficou em terceiro lugar no ranking com a nota 5,1 e a mineira Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Natal ficaram com notas entre 3 e 4.
Aos interessados em estudar como anda a mobilidade urbana brasileira, o trabalho é árduo.
Faltam dados, sobra buracracia e nem tudo é confiável. Algumas cidades brasileiras que padecem muito com o trãnsito (como Goiânia) não contam com fontes confiáveis (nem mesmo as oficiais) sobre o assunto mobilidade urbana.
Portanto, não é difícil concluir que o Brasil precisa pensar de forma mais assertiva a locomoção dentro dos espaços urbanos. Ciclistas, skatistas ou quaisquer outras pessoas que se locomovam pelas ruas do país precisam e têm o direito de ser integradas ao espaço urbano sem restrições e de forma digna.
Aline, a garota ciclistas das ruas paulistanas desabafa; “Precisamos legitimar usuários de outros meios de transporte nas ruas! Não precisa ter vias segregadas pra isso, precisa de informação, educação e principalmente punição a quem não obedece! Ameaçar a vida das pessoas com um automóvel, é crime! Pedestres e ciclistas são os mais frágeis nessa balança e pagam com a vida, por isso a importância de punir severamente que utiliza o carro como arma (ainda que “sem querer”).” E ela está certa.
Se continuarmos pelo mesmo caminho de cada vez mais carros, carros e carros pelas ruas das grandes cidades, em pouco tempo chegar em casa vai ser mais parecido com uma odisséia do que uma simples volta do trabalho. É hora de repensar os custos/benefícios do transporte particular e egoísta e, mesmo que seja devagar, colocar em prática nosso senso de coletividade.
Para começar é fácil, naquele fim de semana tranquilo, ao sair de casa para comprar pão, ou levar seus filhos ao parque, vá de bike, vá de skate! Pedale, inspire e respire o ar da sua cidade.
Faz bem para o corpo, faz bem para a mente e principalmente: alivia a sua cidade do peso e do
barulho dos automóveis.
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