quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Visita da AJADES a APA Estadual de Silveiras.

Em 13/12/2011, representante da Associação Jaguamimbaba com cadeira no CONAPA de Silveiras-SP, esteve presente na visita feita a alguns bairros como BOM JESUS e MACACOS(COLINA).    A razão da visita era conhecer a APA e identificar problemas para que em futuras reuniões possamos encontrar formas de minimizar tais ocorrências.     Seguem algumas fotos da nossa nossa caminhada com as belezas locais e culminando com a linda cachoeira no Rio PARAITINGA, um dos formadores do Rio PARAIBA DO SUL.


                                    


         



 


                                      
                                                                    





                                    

AJADES em visita APA estadual Silveiras, SP.

Em 13/12/2011, representante da Associação Jaguamimbaba com cadeira no CONAPA de Silveiras-SP, esteve presente na visita feita a alguns bairros como BOM JESUS e MACACOS(COLINA).    A razão da visita era conhecer a APA e identificar problemas para que em futuras reuniões possamos encontrar formas de minimizar tais ocorrências.     Seguem algumas fotos da nossa nossa caminhada com as belezas locais e culminando com a linda cachoeira no Rio PARAITINGA, um dos formadores do Rio PARAIBA DO SUL.


                                    


         



 


                                      
                                                                    





                                    

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

NATUREZA DOENTE

A Natureza mais doente do que nunca

Neste último século, o meio ambiente vêm sofrendo uma grande e acelerada transformação. E muitas destas alterações na natureza são praticamente irreversíveis a curto ou médio prazo. Se continuarmos com o mesmo ritmo de desenvolvimento, sem procurarmos estabelecer limites ao manejo e preservação dos recursos ambientais, a qualidade de vida no planeta diminuirá vertiginosamente.
Alguns dados alarmantes, expostos no relatório do Green Peace "Mudanças do Clima, Mudanças de Vida":
  • A incidência de furacões nível 5 está aumentando consideravelmente. Em 2005, somente em torno do Oceano Atlântico, foram registrados 15 do tipo;
  • Nas últimas décadas, a média da temperatura mundial foi elevada em 0,7°C. No sul do Brasil, o aumento foi de 1,4°C;
  • Em 2005, aconteceram 360 desastres naturais, um aumento de 18% em relação a 2004;
  • Em 25 anos, 620 mil mortes foram registradas em virtudes de desastres naturais;
  • Desmatamentos e queimadas lançam, anualmente, mais de 200 milhões de toneladas de carbono na atmosfera;
  • Entre 2002 e 2005, a Amazônia perdeu 70.000km² de seu território em virtude de desmatamentos e queimadas indiscriminadas;
  • Até o final do século, prevê-se um aumento de até 7°C na temperatura da região semi-árida do nordeste brasileiro;
  • Atualmente, cerca de 1,2 bilhões de pessoas se encontram no estado de alta pobreza devido às condições climáticas de suas regiões;
  • Nos próximos 50 anos, o nível do mar deve subir entre 30 e 80cm, devido ao derretimento das calotas polares;
  • O aumento de temperatura registrados nos últimos 50 anos foi de 3°C;
  • O Brasil é quarto maior poluidor do planeta;
  • Nos últimos 12 anos, na Antártica já foram perdidos 14km² de gelo;
  • O prejuízo estimado com os desastres ambientais dos últimos 10 anos é de 570 bilhões de dólares;
       http://diadaarvore.org.br/meioambiente/fatosalarmantes

sexta-feira, 2 de setembro de 2011


Veja como é possível aproveitar ao máximo os alimentos e evitar o desperdício
Por Elis Jacques às 12h51 de 23/08/2011

Muitas partes não convencionais dos alimentos podem ser aproveitadas, sendo que o uso delas também faz parte e aumenta a qualidade de vida e saúde. Algumas partes julgadas como lixo possuem até 5 vezes mais nutrientes e fibras do que a polpa que estamos acostumados a consumir, como a da laranja. A casca da laranja chega a conter até 6 vezes mais fibras, 4 vezes mais fósforo e 40 vezes mais cálcio do que a polpa. Outros exemplos são a casca de melancia, que tem até 3 vezes mais potássio e a casca de mamão com 2 vezes mais proteínas.
Aline Rissatto, nutricionista e gastróloga, faz parte da ONG Banco de Alimentos, apresenta o programa “Receita de Família” da TV Brasil e dá algumas dicas para evitar desperdícios na cozinha:
1. Os talos de couve, agrião, beterraba, brócolis e salsa, entre outros, contém fibras e vitaminas e devem ser aproveitados em refogados, no feijão e na sopa, para o preparo de suflês ou como recheio de tortas.
2. Não jogue fora os talos do agrião, pois eles contêm muitas vitaminas, em especial a vitamina C, importante para combater infecções, como a gripe. Refogue com tempero e prepare um omelete com ovos batidos.

3. As folhas da cenoura são ricas em vitamina A e devem ser aproveitadas para fazer bolinhos, sopas ou picadinhos em saladas. O mesmo pode se dizer das folhas duras da salsa.
A água do cozimento das batatas acaba concentrando todas as vitaminas. Aproveite-a, juntando leite em pó e manteiga para fazer purê.

4. As cascas da batata, depois de bem higienizadas, podem ser fritas em óleo quente, ou assadas, e servidas como aperitivo.
5. A casca da laranja fresca pode ser usada em pratos doces à base de leite, como arroz doce e cremes ou cristalizada para servir com o café;
6. A parte branca da melancia pode ser usada para fazer doce, que se prepara como o doce de mamão verde;
7. Com as cascas das frutas (ex: goiaba, abacaxi, etc), pode-se preparar sucos batendo-as no liquidificador. Este suco pode ser aproveitado para substituir ingredientes líquidos no preparo de bolos.

Manejo pode ser mais eficaz do que proteção florestal para evitar desmatamento



por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil
Novo estudo do Centro Internacional de Pesquisa Florestal compara manejo comunitário a áreas de proteção florestal e indica que a primeira opção pode ser mais eficiente para prevenir degradação ambiental e manter a vegetação em pé.
1339 Manejo pode ser mais eficaz do que proteção florestal para 
evitar desmatamentoPor muito tempo acreditou-se que a melhor maneira de conservar uma floresta era isolá-la do contato com o ser humano, e o manejo florestal era visto com desconfiança pelos que queriam preservar a natureza. Mas um novo estudo do Centro Internacional de Pesquisa Florestal (CIFOR) revela que a gestão florestal pode ser tão ou mais eficaz que as áreas de proteção para conservar a vegetação. Isso pode ser um novo incentivo para os projetos de REDD, que se baseiam na ideia de aliar a preservação ambiental à sobrevivência das comunidades.
A nova pesquisa do CIFOR, publicada no jornal Forest Ecology and Management, analisou 40 áreas de proteção e 33 comunidades florestais em 16 países – 11 na América Latina, três na África e dois na Ásia – e descobriu que as áreas protegidas perdiam cerca de 1,47% de cobertura florestal por ano, enquanto os bosques geridos pelas comunidades tinham uma perda de cerca de 0,24% ao ano.
“Nossas descobertas sugerem que uma floresta guardada por uma cerca e designada como ‘protegida’ não necessariamente terá sua extensão mantida em longo prazo, se comparada a florestas administradas por comunidades locais – na verdade, as primeiras perdem muito mais”, declarou Manuel Guariguata, cientista do CIFOR e um dos coautores do relatório.
Além disso, o relatório também aponta que o número de regiões onde havia um aumento da cobertura florestal era maior nas áreas de manejo florestal comunitário (CMF) do que nas regiões de proteção. Nas 33 áreas de CMF observadas, 20 delas, ou 60,6%, estavam sendo regeneradas, enquanto nas regiões protegidas, das 40 analisadas, 19, ou 47,5%, eram recuperadas.
O estudo diz que a preservação das florestas pelas comunidades ocorre também em parte porque nem sempre as causas do desmatamento, como o aumento da população e a expansão agrícola, criam, de fato, impactos no meio ambiente. “Os ejidos, em Quintana Roo, no México, exemplificam como a manutenção da cobertura florestal em uma CMF pode ocorrer mesmo com a presença de pressões do desmatamento”.
Segundo os autores, nesta comunidade “os fatores de desmatamento como o desenvolvimento da infra-estrutura, o crescimento populacional, a expansão agrícola e os programas de desenvolvimento não necessariamente resultam em taxas anuais de desmatamento maiores, principalmente porque as comunidades têm trabalhado regras para manejar as áreas florestais”.
Para Guariguata, esse resultado pode ser muito positivo para os projetos de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal e Manejo Sustentável (REDD+), já que indica que a participação comunitária na construção e na implementação dos projetos é de grande importância, o que é um conceito básico deste programa da ONU.
“Depois de décadas de expansão das áreas protegidas, a necessidade de incorporar as preocupações com os direitos humanos e a justiça nos objetivos de manejo é agora inquestionável. Os esquemas de REDD+ podem ser uma oportunidade de reconhecer o papel que as comunidades locais têm na redução do desmatamento”, explicou o coautor.
Esta não é a primeira pesquisa que relaciona o CMF a melhores níveis de conservação florestal. Ainda em agosto, um estudo dos cientistas Andrew Nelson e Kenneth M. Chomitz publicado no PLoS ONE apontava que regiões administradas por comunidades, sobretudo indígenas, tinham conservado 16% da floresta em oito anos, um índice mas eficaz do que o das áreas protegidas. O relatório do CIFOR, porém, inova ao indicar que esse processo é uma tendência mais ampla.
Além disso, dados preliminares de outro relatório do CIPOR indicam que comunidades que vivem perto de florestas recebem mais de 20% de sua renda familiar de recursos florestais. Isso sugere que é muito mais provável que as comunidades estabeleçam um manejo sustentável nos bosques se elas dependem destes para sobreviver.
“Quando feito apropriadamente, os benefícios do manejo comunitário podem ser vistos em longo prazo, levando a uma maior participação na conservação, na redução da pobreza, no aumento da produtividade econômica e na proteção de muitas espécies florestais”, esclareceu Guariguata.
Ainda de acordo com o estudo, florestas sob o CMF somam cerca de 8% do total de bosques manejados no mundo, e 20% das florestas da América Latina. “Esse número poderia aumentar agora que descobrimos que o manejo florestal comunitário pode levar a melhores resultados ambientais e de sustento do que as reservas convencionais”, afirmou Guariguata.
“No entanto, há assuntos específicos envolvendo direitos de posse, regulamentações governamentais e forças de mercado locais e internacionais que influenciam a possibilidade de resultados positivos para pessoas e florestas. Precisamos aprender como esses fatores interagem a fim de desenvolver intervenções políticas apropriadas”, acrescentou ele.
Ainda assim, o coautor da pesquisa ressalta que as áreas de proteção também são muito importantes para a preservação das florestas, e que todos estes mecanismos devem ser combinados. “Não estamos argumentando que os parques em áreas florestais tropicais são inúteis. Ao contrário, estamos argumentando que florestas manejadas por comunidades são uma peça-chave do pacote de conservação florestal”, concluiu Guariguata.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
http://envolverde.com.br/

CURSO CAPACITA COOPERATIVAS A LIDAR COM ELETRÔNICOS Com apoio da Petrobras e parceria com a USP, o Instituto GEA oferece curso para tornar a triagem mais rentável e segura. Separar e classificar o lixo eletrônico por tipo de material e encaminhá-lo para recicladoras especializadas pode render às cooperativas até 100 vezes mais, em algumas peças, que a atual forma de tratamento. Esse objetivo econômico, aliado à necessidade de cuidados com a saúde e o meio ambiente na hora de lidar com esse tipo de produto, levou o Instituto GEA - Ética e Meio Ambiente a preparar um projeto para a capacitação dos catadores. O GEA é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) criada para desenvolver a educação ambiental e assessorar a população a implantar programas de coleta seletiva e reciclagem. O Projeto Eco-Eletro foi desenvolvido em parceria com o Laboratório de Sustentabilidade - LASSU, vinculado ao Centro de Computação Eletrônica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Um grande impulso para levar a iniciativa adiante veio do programa Desenvolvimento e Cidadania da Petrobras que escolheu o projeto do GEA juntamente com outros 112 contemplados, entre 5.183 trabalhos, para receber patrocínio da empresa. Com duração prevista de 18 meses, o projeto recebe dez cooperados por mês para os cursos gratuitos que duram duas semanas, com 20 horas teóricas e 40 horas práticas. A primeira turma foi formada em abril deste ano. "Inicialmente, pretendíamos atender a região metropolitana de São Paulo, mas já recebemos solicitações da Baixada Santista e do interior do estado. Existe um grande desconhecimento sobre como tratar corretamente os equipamentos de informática e telefonia e, portanto, há também um grande interesse por parte das cooperativas", afirma Wanderley dos Anjos, gestor ambiental do GEA. Resultados práticos No curso, os catadores aprendem a identificar as peças com maior valor agregado, são informados sobre os preços médios de mercado e recebem indicação de recicladoras já selecionadas pelo Laboratório de Sustentabilidade da USP e certificadas pela Cetesb. Os treinamentos ocorrem na sede do Lassu, sob orientação e supervisão da equipe técnica do Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática. Esse centro, que funciona no campus Butantã da USP, tem a finalidade de coletar e destinar adequadamente os resíduos eletrônicos. "Dois de nossos 45 cooperados participaram do curso e, quando voltaram, repassaram o conteúdo para os outros. Aprendemos muito sobre os riscos que devemos evitar e sobre as peças, muitas delas nem sabíamos que eram recicláveis. Com isso, aumentamos nosso lucro e estamos trabalhando de forma mais segura", conta Mara Lúcia Sobral Santos, da Cooperativa de Coleta e Triagem da Granja Julieta, em São Paulo. Mas o trabalho do GEA não termina no final do curso. Seus técnicos visitam as cooperativas para ver in loco o que ainda precisa ser revisto e melhorado. O instituto também está incentivando as cooperativas a se tornarem pontos de entrega voluntária de equipamentos eletrônicos. "Estamos preparando a infraestrutura básica para isso. Desenvolvemos painéis para serem instalados nas cooperativas, lembrando os principais pontos do curso, e folhetos para serem entregues pelos catadores em estabelecimentos comerciais e residências, indicando seu atendimento", diz Ana Maria Domingues Luz, presidente do GEA. "É um trabalho muito complexo que demanda um grande esforço educacional junto às cooperativas e à população. Mas os resultados têm sido compensadores." . Para saber mais: www.institutogea.org.br/ecoeletro
http://www.cempre.org.br/_img/ci117_001.jpg
BRASILEIROS DESENVOLVEM TECNOLOGIA PARA RECICLAGEM DO PET Não são poucas as mostras da persistência e da inventividade dos brasileiros para superar desafios em suas atividades. Essa capacidade de inovação acaba de gerar resultados significativos em um trabalho desenvolvido por um grupo de pesquisadores brasileiros voltado à reciclagem do politereftalato de etileno, mais conhecido como PET. Em novembro de 2002, os engenheiros Edmilson Renato de Castro e Luiz Alberto Jermolovicius começaram a se dedicar, por conta própria, a um projeto de reciclagem química de PET, transformando- o novamente em ácido tereftálico e etileno glicol que, por sua vez, geram PET virgem. "Considerando que a reciclagem convencional apenas muda a forma do PET (de garrafa para vassoura, camiseta, corda etc.), decidimos desenvolver um processo que elimine o PET pós-consumo da biosfera e ainda reduza o consumo de matéria-prima derivada do petróleo em sua fabricação", explica Luiz Alberto Jermolovicius. "Secundariamente, há o incentivo econômico para aumentar a coleta seletiva de PET." Em 2005, a Braskem aderiu ao grupo, tornando-se codepositante da patente então desenvolvida. "Temos incentivado e acompanhado uma série de projetos acadêmicos. É, sem dúvida, uma maneira de ampliar o portfólio e apoiar novas pesquisas", afirma Luis Fernando Cassinelli, da Braskem. Dois anos depois, a dupla contou com o reforço do técnico mecânico Mário Túlio Monteiro que construiu a planta piloto atual, com apoio da Braskem. O maior desafio - chegar a um modelo economicamente viável em larga escala – foi superado e o processo já obteve patente nos Estados Unidos neste ano e tem pedidos depositados no Brasil, Europa e Ásia. "Nosso próximo passo será construir uma planta piloto de maior porte que permita demonstrar a eficiência deste processo, para que possamos iniciar o reaproveitamento total do PET", planeja Jermolovicius. Para saber mais: jermol@terra.com.br http://www.cempre.org.br/_img/ci117_001.jpg

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

RIO SUBTERRÂNEO É DESCOBERTO

25/08/2011
Rio de 6.000 km é descoberto embaixo do rio Amazonas
Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6.000  quilômetros de extensão que corre embaixo do rio Amazonas, a uma profundidade de 4.000 metros. Os dois cursos d'água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente. A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo.
Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a informação térmica fornecida pela Petrobras, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros.
O dados do doutorado de Elizabeth, sob orientação de Hamza, foram apresentados na semana passada no 12.º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio. Em homenagem ao orientador, um pesquisador indiano que vive no Brasil desde 1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de rio Hamza.
Características
A vazão média do rio Amazonas é estimada em 133 mil metros cúbicos de água por segundo (m3/s). O fluxo subterrâneo contém apenas 2% desse volume com uma vazão de 3.000 m3/s - maior que a do rio São Francisco, que corta Minas e o Nordeste e beneficia 13 milhões de pessoas, de 2,7 mil m3/s. Para se ter uma idéia da força do Hamza, quando a calha do rio Tietê, em São Paulo, está cheia, a vazão alcança pouco mais de 1 mil m3/s.
As diferenças entre o Amazonas e o Hamza também são significativas quando se compara a largura e a velocidade do curso d'água dos dois rios. Enquanto as margens do Amazonas distam de 1 a 100 quilômetros, a largura do rio subterrâneo varia de 200 a 400 quilômetros. Por outro lado, a s águas do Amazonas correm de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo do local. Embaixo da terra, a velocidade é muito menor: de 10 a 100 metros por ano.
Há uma explicação simples para a lentidão subterrânea. Na superfície, a água movimenta-se sobre a calha do rio, como um líquido que escorre sobre a superfície. Nas profundezas, não há um túnel por onde a água possa correr. Ela vence pouco a pouco a resistência de sedimentos que atuam como uma gigantesca esponja: o líquido caminha pelos poros da rocha rumo ao mar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Permacultura é algo fácil de identificar com um monte de desejos pessoais profundos entre aquelas pessoas que sonham com paz, harmonia e abundância. Mas leva-se muito tempo para entender. Não se sinta desencorajado o leitor que está ansioso por conhecer a Permacultura ou aquele que julgava tê-la compreendido: os conceitos estão dados e são até bastante claros. A verdade é que as coisas mais importantes da vida exigem tempo e dedicação, tanto mais quando representam quebras de paradigmas.
Assumir para nossas vidas aquilo que é radicalmente novo não é tarefa fácil – no mais das vezes enfrentamos nossos próprios limites de compreensão e aceitação. Por isso, é preciso coragem, fé e determinação para tornar-se um permacultor. E tomar o tempo como aliado.

Nas palavras de Bill Mollison de que mais gosto, a Permacultura é “uma tentativa de se criar um Jardim do Éden”, bolando e organizando a vida de forma a que ela seja abundante para todos, sem prejuízo para o meio ambiente. Parece utópico, mas nós praticantes sabemos que é algo possível e para o qual existem princípios, métodos e estratégias bastante factíveis. Os exemplos estão aí, para quem quiser ver, nos cinco continentes e em mais de uma centena de países.
Conceitos
Os australianos Bill Mollison e David Holmgren, criadores da Permacultura, cunharam esta palavra nos anos 70 para referenciar “um sistema evolutivo integrado de espécies vegetais e animais perenes úteis ao homem”. Estavam buscando os princípios de uma Agricultura Permanente. Logo depois, o conceito evoluiu para “um sistema de planejamento para a criação de ambientes humanos sustentáveis” , como resultado de um salto na busca de uma Cultura Permanente, envolvendo aspectos éticos, socioeconômicos e ambientais.
Para tornar o conceito mais claro, pode-se acrescentar que a Permacultura oferece as ferramentas para o planejamento, a implantação e a manutenção de ecossistemas cultivados no campo e nas cidades, de modo a que eles tenham a diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. Alimento saudável, habitação e energia devem ser providos de forma sustentável para criar culturas permanentes.
No centro da atividade do permacultor está o design, tomado como planejamento consciente para tornar possível, entre outras coisas, a utilização da terra sem desperdício ou poluição, a restauração de paisagens degradadas e o consumo mínimo de energia. Este processo, segundo André Soares, permacultor do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado – IPEC, deve ser dinâmico, contínuo e orientado para a aplicação de padrões naturais, contendo sub-processos de organização de elementos dentro de determinados contextos.
No primeiro nível, a ação do permacultor volta-se principalmente para áreas agrícolas com o propósito de reverter situações dramáticas de degradação sócio-ambiental. “Culturas não sobrevivem muito tempo sem uma agricultura sustentável”, assegura Bill Mollison. No entanto, os sistemas permaculturais devem evoluir, com designs arrojados, para a construção de sociedades economicamente viáveis, socialmente justas, culturalmente sensíveis, dotadas de agroecossistemas que sejam produtivos e conservadores de recursos naturais.
Cooperação e solidariedade
A Permacultura exige uma mudança de atitude que consiste basicamente em fazer os seres humanos viver de forma integrada ao meio ambiente, alimentando os ciclos vitais da natureza. Como ciência ambiental, reconhece os próprios limites e por isso nasceu amparada por uma ética fundadora de ações comuns para o bem do sistema Terra.
Mollison e Holmgren buscaram princípios éticos universais surgidos no seio de sociedades indígenas e de tradições espirituais, que estão orientados na lógica básica do universo de cooperação e solidariedade. Não é possível praticar a Permacultura sem observá-los.
Primeiro, será preciso assumir a ética do cuidado com a Mãe-Terra para garantir a manutenção e a multiplicação dos sistemas vivos. Depois, o cuidado com as pessoas para a promoção da autoconfiança e da responsabilidade comunitária. E por fim, aprender a governar nossas próprias necessidades, impor limites ao consumo e repartir o excedente para facilitar o acesso de todos aos recursos necessários à sobrevivência, preservando-os para as gerações futuras.
Como parte dos sistemas vivos da Terra e tendo desenvolvido o potencial para desfazer a sustentabilidade do planeta, nós temos como missão criar agora uma sociedade de justiça, igualdade e fraternidade, a começar pelos marginalizados e excluídos, com relações mais benevolentes e sinergéticas com a natureza e de maior colaboração entre os vários povos, culturas e religiões.
Toda ética tem a ver com práticas que querem ser eficazes. “A ética da Permacultura serve bem para iluminar nossos esforços diários de trabalho com a natureza a partir de observações prolongadas e cuidadosas, com base nos saberes tradicionais e na ciência moderna, substituindo ações impensadas e imaturas por planejamento consciente”, assevera Bill Mollison. A chave é estabelecer relações harmoniosas entre as pessoas e os elementos da paisagem.
Design para a sustentabilidade
O trabalho do permacultor está baseado em princípios e métodos de design para orientar padrões naturais de crescimento e regeneração, em sistemas perenes, abundantes e auto-reguladores.
Earle Barnhart, permacultor de Massachussets (USA), escreveu que a regra cardinal do projeto da permacultura é maximizar as conexões funcionais. Isso quer dizer, combinar as qualidades de elementos da natureza e de elementos da criação humana para construir sistemas de armazenamento de energia. Não haveria nada de revolucionário nisso se as sociedades modernas agissem com base no bom senso.
Mas a história é bem outra e, por isso, a Permacultura, embora seja a “ciência do óbvio”, como gostam de dizer alguns de nós, está fazendo revoluções nas cabeças de jovens, adultos e idosos, oferecendo-lhes, em vez de sistemas fechados e fragmentários, o paradigma holístico contemporâneo, que tudo articula e re-laciona, para a construção de projetos abertos ao infinito.
As estratégias de design da Permacultura não existem apenas para o planejamento de propriedades abundantes em energia – este é apenas o primeiro nível de ação do permacultor. É possível desenhar também sistemas de transporte, educação, saúde, industrialização, comércio e finanças, distribuição de terras, comunicação e governança, entre outros, para criar sociedades prósperas, cooperativas, justas e responsáveis. O sonho é possível: a ética cria possibilidades de consensos, coordena ações, coíbe práticas nefastas, oferece os valores imprescindíveis para podermos viver bem.
A história da Permacultura no Brasil
Não faz muito tempo, em 1992, Bill Mollison ministrou um curso de Permacultura no Rio Grande do Sul e estabeleceu um marco inaugural: de lá para cá, a Permacultura desenvolveu-se no Brasil, conquistando dia após dia um número crescente de praticantes.
Hoje, a Permacultura encontra-se nas esferas governamentais e surge como projeto alternativo de criação do primeiro emprego para jovens entre 16 e 24 anos. Este ano, cerca de 1.300 jovens do Distrito Federal e municípios do entorno serão capacitados para trabalhar com os princípios da Permacultura e criar redes de empreendimentos agroindustriais. O projeto é da Agência Mandalla DHSA e tem financiamento do Ministério do Trabalho e Emprego.
A Agência Mandalla DHSA, com sede na Paraíba, é uma OSCIP que está desenvolvendo tecnologias Sociais com base na ética e nos princípios e métodos de design permacultural, alcançando para a Permacultura a maior repercussão já vista no país (leia seção da página 4). Em menos de três anos, chegou a mais de 80 municípios de nove estados brasileiros, beneficiando diretamente duas mil pessoas com a garantia da segurança alimentar e a geração de excedentes para a comercialização. Entre as famílias beneficiadas, a renda média é de R$400,00 ao mês, sendo que há exemplos de agricultores auferindo renda mensal de R$1.700,00.
Os Institutos de Permacultura
São oito no total, atuando de forma diversa. Aqueles que fundaram a RBP, Rede Brasileira de Permacultura (IPAB, em Santa Catarina, IPA, no Amazonas, IPEC, em Goiás e IPEP, no Rio Grande do Sul), funcionam como centros de pesquisa, formação e demonstração de tecnologias apropriadas, com apoio financeiro da PAL – Permacultura América Latina, instituição comandada pelo iraniano Ali Sharif, com sede em Santa Fé, Estados Unidos. A única exceção é o IPAB, que não possui centro demonstrativo e, por isso, atua de forma independente, dispensando financiamentos vindos do estrangeiro através da PAL.
A ação institucional do IPAB está voltada para pequenos agricultores e tem a parceria de sindicatos, prefeituras, ONGs e movimentos sociais. Os sistemas permaculturais fomentados pelo IPAB estão nas Unidades de Produção Familiar. O instituto atua também na multiplicação de conhecimentos em Permacultura através do Projeto de Formação de Professores.
A exemplo do IPAB, o Instituto de Permacultura da Bahia (IPB), o Instituto de Permacultura
Cerrado Pantanal e o IPEMA (Instituto de Permacultura da Mata Atlântica), possuem projetos sociais e muitos parceiros, mas não fazem parte da RBP. A título de ilustração, cito o Projeto Policultura no Semi-Árido, implantado no sertão da Bahia, atendendo hoje 700 famílias de pequenos agricultores. Com o apoio do IPB, as famílias estão desenvolvendo sistemas agroflorestais e garantindo para si segurança alimentar, trabalho e renda. O projeto ajuda os sertanejos a combater a desertificação e conviver harmoniosamente com a caatinga.
O IPOEMA (Instituto de Permacultura: Organização, Ecovilas e Meio Ambiente), no Distrito Federal, que é o mais novo entre os institutos brasileiros, vai atuar fortemente no atendimento a comunidades locais e tradicionais, além de trabalhar com pesquisa e formação de novos permacultores.
Por enquanto, há pouca ou nenhuma interação entre os institutos de Permacultura do Brasil.
Rede Permear de Permacultores
Criada no ano passado, inaugurou um novo caminho para a Permacultura em nosso país. Em concordância com as palavras de David Holmgren, que citarei em seguida, ouso dizer que a Rede Permear é a prova de maturidade do processo de desenvolvimento da Permacultura no Brasil: “Quando o campo de trabalho é novo, as relações de competição prevalecem, exatamente como nos sistemas naturais imaturos e de rápido crescimento. Mesmo na Permacultura, que está fortemente enraizada na cooperação, a competição tem acontecido, causando estranheza, mas, sobretudo, mostrando quando o processo ainda não amadureceu. Em ecossistemas maduros, assim como em sociedades tradicionais estáveis, as relações tendem a se tornar mais mutualísticas e simbióticas”.
A Rede Permear chegou lá: integra hoje catorze projetos autônomos em quatro estados brasileiros (Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) e mais o Distrito Federal. Os projetos são chamados de autônomos porque são iniciativas de pessoas, famílias e comunidades que trabalham em cooperação e com recursos próprios para multiplicar os conhecimentos em Permacultura (todos recebem formação como professores do IPAB) e para oferecer exemplos de sistemas produtivos de apoio à vida no lugar onde moram.
Nós da Rede Permear costumamos dizer que a nossa teia deve alcançar todo permacultor ou grupo de permacultores cujo trabalho tem como princípio de ação a ética da Permacultura. E queremos para esta rede tudo aquilo que um sistema permacultural deve conter: diversidade e abundância de idéias e projetos, cooperação, solidariedade, sinergia, diálogo e amor, muito amor. Por fim, que seja para todos um caminho de transformação.

QUEIMADAS EM SP - 2011


Posted: 09 Aug 2011 04:30 PM PDT
São Paulo, a terra da garoa, sofre muitas queimadas. Mas em 2011 o número está bem menor que antes: 45% menor, pra ser mais exato. Ao que se deve isso?
Segundo os meteorologistas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) o número menor se deve ao inverno com mais chuvas e aumento na colheita mecanizada nos canaviais de São Paulo. A prática de queimar cana era uma das grandes culpadas pelos altos números em anos anteriores.
De 1 de janeiro de 2010 até 7 de agosto do mesmo ano foram 1.031 focos de incêndio no Estado. No mesmo período desse ano são só 562 focos. Mas os meteorologistas alertam que em setembro o clima vai ficar mais seco e pode criar problemas.
Na região de Sorocaba, interior de São Paulo, um fogo de canavial atingiu a mata ciliar do Rio Sorocaba no último sábado (dia 6) e ontem a mata da Represa de Ituparanga (Área de Proteção Ambiental) também foi vítima de outra queimada.
Caso você veja alguém colocando foco em áreas verdes não hesite em denunciar e avisar os bombeiros.

http://eco4planet.uol.com.br/blog/

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

COMO COMEÇAR UM JARDIM NA SUA CASA

DICAS PARA JARDIM NOS PEQUENOS ESPAÇOS.

É possível ter jardim em  pequenos espaços mesmo apartamentos.
Por Gisele Eberspacher
Com o aumento de apartamentos e casas pequenas, jardins são espaços cada vez mais raros no lar brasileiro. Ainda assim, as plantas são necessárias para a sustentabilidade, além de deixar os ambientes mais agradáveis e o ar mais limpo. No caso das hortas, ainda é possível ter alimentos e ervas frescos e mais saudáveis.
Para isso, veja abaixo dicas de como começar e manter um jardim. Ao lado, veja imagens de diferentes jardins que mostram que é possível ter plantas até em locais pequenos.
1. Se você já tem um jardim, cultive o que já cresce ali, em vez de mudar.
2. Escolha as plantas de acordo com o clima da região e a sua rotina e disponibilidade para cuidar do ambiente. Plantas que exigem menos água são indicadas para pessoas com menos tempo para a manutenção, por exemplo. O sol disponível também deve ser levado em consideração.
3. Quando for escolher plantas, opte por aquelas com um tamanho condizente ao espaço disponível para seu desenvolvimento.
4. É importante escolher terras boas, adequadas e adubadas, principalmente para a criação de plantas em vasos.
5. Proteja as plantas menores de ventos fortes, principalmente quando as plantas ficam em sacadas, varandas ou perto de janelas.
6. Plantas nativas se desenvolvem com mais facilidade e exigem menos cuidados, pois estão preparadas para o clima da região.
7. Agrupe as plantas com necessidades semelhantes. Assim, será mais fácil fazer a manutenção de acordo com as características de cada grupo.
8. Material de compostagem é ideal para adubação das plantas. Faça o seu (se possível) ou opte por produtos de origem natural.
9. Para evitar a evaporação da água rapidamente, regue as plantas pela manhã ou fim da tarde, quando estiver mais fresco.
10. Escolha variedades resistentes a pragas para começar. Elas necessitam de menos manutenção e têm mais chances de se desenvolver. Jardineiros e profissionais de floricultura podem informar sobre as características de cada região.

SEIS PASSOS PARA IDENTIFICAR FORNECEDORES E MATERIAIS SUSTENTÁVEIS

Seis passos para identificar fornecedores e materiais sustentáveis
Ferramenta indica passos básicos para a escolha de empresas fornecedoras alinhadas aos princípios da sustentabilidade
Por Elis Jacques às 18h14 de 05/08/2011

Para facilitar a identificação de fornecedores e materiais sustentáveis a CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável) disponibiliza uma ferramenta online que resume em 6 passos o que deve ser analisado nas empresas. Confira o resumo das dicas do CBCS:
(Veja o passo-a-passo completo no site)
Passo 1 – Formalidade
Verificar a formalidade da empresa fabricante e fornecedora acessando o site da Receita Federal por meio do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas. Se o CNPJ não é válido significa que o imposto não está sendo recolhido ou que a empresa não tem existência legal.
Como encontrar o CNPJ da empresa: Ele deve estar impresso na embalagem, no produto ou na nota fiscal. Caso não esteja disponível (produtos vendidos em quantidades menores que a embalagem do fabricante ou a granel, por exemplo), é necessário consultar a revenda, o importador ou o fornecedor.
Produtos importados: É fornecido o CNPJ da empresa importadora ou distribuidora e não do fabricante. Neste caso, é possível que a fabricante do produto seja informal.
Passo 2 – Licença Ambiental
Nenhuma atividade industrial pode operar legalmente sem licença ambiental, concedida pelo órgão ambiental estadual. A existência da licença não é garantia contra impactos ao meio ambiente, mas a sua ausência praticamente elimina qualquer possibilidade de respeito à lei.. Alguns órgãos da federação possibilitam a consulta através do nome completo da empresa e da unidade da federação, enquanto outros órgãos exigem o fornecimento do número do processo de licenciamento. Caso o órgão da federação só possibilite a consulta da licença ambiental através do número do processo, solicite ao fabricante uma cópia da licença ou número do protocolo e confirme a validade.
Passo 3 – Questões sociais
O trabalho infantil, o trabalho escravo, o trabalho em condições precárias de higiene, com jornadas excessivas e sem alimentação adequada devem ser combatidos. Produtos nacionais e importados que empreguem mão de obra nessas condições devem ser evitados e banidos do mercado.
Listas de empresas nacionais autuadas por exploração de mão-de-obra infantil (MTE)
Lista dos empregadores que mantiveram ou mantém condições de trabalho inadequadas: trabalho escravo, condições precárias de higiene ou alimentação inadequada (Repórter Brasil e United Nations Global Compact)
Passo 4 – Qualidade e normas técnicas do produto
A baixa qualidade dos produtos é uma fonte importante de desperdício. Produtos que não apresentam desempenho adequado acabam sendo substituídos, gerando custos e resíduos. As normas técnicas são o critério mínimo de qualidade vigente e seu respeito é obrigatório no Brasil. Verifique se o fornecedor está na lista de empresas qualificadas pelo PBQP-H, um programa do governo federal que acompanha a qualidade de um grande número de setores, a relação dos fabricantes que produzem em conformidade e não conformidade às normas técnicas da ABNT.
Passo 5 – Perfil de responsabilidade socioambiental da empresa
A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) está além do que a empresa deve fazer por obrigação legal. A Responsabilidade Social é a tradução e incorporação dos valores e compromissos das empresas em todas suas formas de relações em seus negócios. Podemos dizer que a RSE pode promover negócios sustentáveis, que por sua vez, são conscientes dos impactos positivos e negativos no campo econômico, social e ambiental, sejam eles gerados pelo negócio ou pela sociedade, procurando gerenciar os riscos e as potencialidades ou oportunidades que estão presentes na empresa e na sociedade.
A sustentabilidade não está só na empresa ou na sociedade, com os patrões ou com empregados, com as pessoas ou com o meio ambiente, mas nas relações que se estabelecem em todos os níveis e em toda cadeia do negócio. Portanto, a melhor forma de avaliar a RSE de fornecedores é através do relacionamento e de toda forma de realizar o negócio. É assumir uma co-responsabilidade dos insumos e serviços adquiridos, assim como tornar sua própria prática transparente para a sociedade.
Passo 6 – Identificar a existência de propaganda enganosa
Roteiro para identificar a propaganda enganosa:
- Disfarçar aspectos negativos do produto destacando aspectos positivos
Omissão dos problemas ambientais ou eventuais limitações de produto.
- Falta de provas
O fornecedor não apresenta quaisquer documentos de terceira parte que sustentem suas afirmações e que possam ser verificados.
- Imprecisão
Informações genéricas e imprecisas, que geram dúvida quanto ao real benefício ambiental do produto durante todo o seu ciclo de vida. Exemplos: “100% Reciclável” ou “Produto Reciclado”: Existe estrutura ativa de reciclagem? Qual a fração da matéria-prima que é resíduo? “Produto ecológico” ou “Produto Sustentável” sem declarar sua composição (afirmação como resinas sintéticas, cargas e aditivos não dizem muito) e demonstrar claramente quais as vantagens em relação ao concorrente.
- Irrelevância
São declarações que não contribuem para informar sobre o desempenho do produto ou que anunciam como vantagens conquistas ambientais disseminadas no mercado. Em alguns casos o benefício não está associado ao principal impacto ambiental do produto. Exemplos são: tinta “fabricada com pigmentos naturais”, sendo que a resina, os voláteis e os biocidas são normalmente os principais problemas ambientais de tintas; “não contem voláteis”, para produtos cerâmicos e metálicos, que realmente não apresentam essas substâncias em sua composição; ou mesmo “reforçado com fibras vegetais”, para materiais que passam por processo de queima em elevadas temperaturas, o que leva a matéria orgânica a se decompor. São declarações ambientais que parecem ser positivas, mas na realidade não representam informações úteis ou verdadeiras.
- Meias verdades
O fornecedor apresenta declarações exageradas, afirmações falsas ou apenas os resultados favoráveis. Exemplos: “Fabricado com 90% de matéria-prima reciclada” sem informar sobre a baixa durabilidade; “Produto natural” sem mencionar a presença de estabilizantes, corantes.
- O menos ruim
Apresenta uma vantagem irrelevante para um produto com desempenho ou eco-eficiência baixa (ex.: inseticidas ou herbicidas orgânicos, cigarro orgânico)


terça-feira, 9 de agosto de 2011

COMDEMA - O que é? Suas atribuições.

COMDEMA- CRUZEIRO-SP
 "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações.”
(Artigo 225 da Constituição do Brasil)
Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
O que é?
Grande parte dos problemas que afetam o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas ocorre no município. E a partir dele podem ser empreendidas ações capazes de preveni-los e solucioná-los. Mais do que isso, o município é o local onde se podem buscar caminhos para um desenvolvimento que harmonize o crescimento econômico com o bem-estar da população.
A preocupação com a qualidade ambiental vem crescendo nos municípios brasileiros. Por isso, têm sido criados mecanismos para aumentar a consciência e promover a mudança de hábitos e de comportamentos. Cada vez mais a população, juntamente com o Poder Público, tem sido chamada a participar da gestão do meio ambiente.
O Conselho Municipal de Meio Ambiente é um órgão criado para esse fim. Esse espaço destina-se a colocar em torno da mesma mesa os órgãos públicos, os setores empresariais e políticos e as organizações da sociedade civil no debate e na busca de soluções para o uso dos recursos naturais e para a recuperação dos danos ambientais. Trata-se de um instrumento de:
  • exercício da democracia,
  • educação para a cidadania,
  • convívio entre setores da sociedade com interesses diferentes.

Para que serve
O Conselho Municipal de Meio Ambiente tem a função de opinar e assessorar o poder executivo municipal – a Prefeitura, suas secretarias e o órgão ambiental municipal – nas questões relativas ao meio ambiente. Nos assuntos de sua competência, é também um fórum para se tomar decisões, tendo caráter deliberativo, consultivo e normativo. Cabe ao Conselho:
  • propor a política ambiental do município e fiscalizar o seu cumprimento;
  • promover a educação ambiental;
  • propor a criação de normas legais, bem como a adequação e regulamentação de leis, padrões e normas municipais, estaduais e federais;
  • opinar sobre aspectos ambientais de políticas estaduais ou federais que tenham impactos sobre o município;
  • receber e apurar denúncias feitas pela população sobre degradação ambiental, sugerindo à Prefeitura as providências cabíveis

segunda-feira, 4 de julho de 2011

ESCOLA ECOLÓGICA

Rio inaugura primeira escola ecológica do país

Colégio Estadual Erich Walter Heine tem instalações que captam a água da chuva para ser usada nos sanitários
Rio - A primeira escola ecológica do país foi inaugurada nesta sexta-feiraem um dos bairros mais carentes do Rio de Janeiro, Santa Cruz, zona oeste da cidade. O Colégio Estadual Erich Walter Heine tem instalações que captam a água da chuva para ser usada nos sanitários, jardins e na limpeza da escola, com economia de 50% da água potável. As lâmpadas LED em todo o edifício reduzem em até 80% o consumo de energia.
O formato de cata-vento da construção e o telhado verde reduzem a temperatura, em uma região em que ela ultrapassa 40 graus Celsius no verão. A escola está entre as 121 instituições no mundo com certificação Leed Schools (de liderança em energia e design ambiental) e é a primeira escola de ensino médio profissionalizante da região, que tem um dos menores índices de desenvolvimento humano do município.
A iniciativa faz parte de um convênio entre o governo do estado e a empresa Thyssenkrupp CSA. O investimento de R$ 11 milhões foi arcado integralmente pela siderúrgica, a maior da América Latina.
O diretor de Sustentabilidade da empresa, Luiz Cláudio Castro, explicou que a construção da escola estava prevista no projeto de compensação por liberação de carbono, e que a ideia de uma construção sustentável surgiu para contribuir para reduzir os gases de efeito estufa.
Desde fevereiro, cerca de 200 alunos estudam na escola que foi oficialmente inaugurada hoje com a conclusão da piscina e da quadra poliesportiva. O estudante Leonardo Andreol, 15 anos, passou na prova seletiva para o colégio que oferece especialização em administração, com um computador por aluno e lousas digitais, com acesso à internet. “É uma escola diferente e aqui estou aprendendo que se a gente não conservar a natureza agora vai ficar bem difícil para as próximas gerações”.
O professor de química Agnaldo Pereira dos Santos disse que esta é a primeira vez que vê seu trabalho ser valorizado em seus 16 anos de magistério. “É muito gratificante, porque a gente já está há um bom tempo no estado e nunca havia visto uma resposta desta, com laboratório desta qualidade e alunos dedicados”.
As informações são da Agência Brasil

MEIO AMBIENTE E VIDA

Poupança da natureza
Brasil já tem serviços para quem quer compensar danos causados ao meio ambiente
POR LUCIENE BRAGA
Rio - O mundo está descobrindo um novo modelo de ‘poupança’: a da natureza. Já é possível plantar árvores sem pegar na enxada ou salvar bacias inteiras de rios sem sair de casa. No Brasil, iniciativas como o Banco Cyan (da água) e o Banco da Árvore ganham cada vez mais destaque para quem está de olho em práticas sustentáveis.

O Banco Cyan (www.bancocyan.com.br) é um sistema de descontos em compras online para quem economizar água. O programa funciona vinculado ao consumo de água de cada imóvel cadastrado. Sempre que a média de gastos diminui ou é mantida, o consumidor ganha pontos que podem ser usados como desconto em sites. Desde que a iniciativa foi lançada, em março, o ‘banco da água’ já registrou 8,5 milhões de litros economizados.Em São Paulo, 6,2 milhões de imóveis registrados pela Sabesp podem se cadastrar. No Rio, a Cedae ainda não entrou no programa, mas tem o seu próprio sistema para premiar a economia: o bolso. A tarifa regressiva garante descontos generosos.

Menos carbono

Além da escassez de água, outra ameaça que ronda o planeta é o aquecimento global. Mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono — principal causador do aquecimento global — são lançadas por ano na atmosfera. Para reduzir emissões, o Protocolo de Quioto criou o mercado de créditos de carbono, que prevê negociação entre países ou empresas que precisam compensar a própria poluição, investindo em projetos sustentáveis. Negócio de gente grande. Iniciativa parecida chegou agora a pessoas físicas. O Banco da Árvore (www.bancodaarvore.com.br) é a popularização dessa proposta. A diferença é que qualquer um pode fazer parte do projeto, além das empresas.

O Banco da Árvore produz relatório de emissões de carbono a partir do quanto a pessoa consome de energia e combustíveis e de quanto lixo ela gera. Os parâmetros são os mesmos de Quioto. O interessado se cadastra e faz a conta das próprias emissões numa calculadora no site. O banco informa o total de árvores que deverá plantar de acordo com as emissões e cuida de tudo. O plantio é monitorado, e o usuário recebe relatórios e certificado.

Nove árvores para um carro popular

Segundo simulações no site do Banco da Árvore, uma pessoa que tem um carro popular e roda 20 mil km por ano precisaria plantar nove árvores nesse período. Ela emite 1.330 kg de dióxido de carbono e deve ter custo de R$ 144 para plantar essas árvores. Quem faz uma viagem à Disney de avião emite 809 kg de gás. Para neutralizar essa quantidade, precisaria de seis árvores, que custam em torno de R$ 96.

Esses serviços, novos no País, começam a trazer hábitos europeus. Até em companhias aéreas econômicas, passageiros podem optar por pagar taxa opcional de compensação das emissões. Não é raro optarem por consciência.
natureza